Qual é a melhor estratégia para poder obter melhores resultados junto da sua equipa, no seu negócio?
Esta é, talvez, a pergunta que mais vezes é levantada por qualquer líder e é também aquela que mais dúvidas e respostas pouco claras suscita. E isto, porque, às vezes, andamos tão concentrados à procura no exterior que esquecemos que, é dentro de nós, que, geralmente, tudo começa e onde começam a germinar a maioria das soluções que, realmente, podem fazer a diferença.
Quando queremos mudanças, quando procuramos por respostas ou soluções, a tendência natural do ser humano é iniciar uma busca desenfreada pelo exterior. Pensa-se sempre que a solução está em mudar o exterior, em mudar o ambiente, em mudar as pessoas, em mudar a equipa!
A resposta, na verdade, é quase um cliché, mas, realmente, não há atalhos, nem caminhos alternativos quando o que se pretende são resultados e sucesso. E para isso, e antes de qualquer outra ação, o importante e fundamental é CONHECERMO-NOS, sabermos quem somos e o que queremos!
E como despertar esse processo de auto-conhecimento?
Na verdade, nenhum de nós carrega consigo um botão que, premindo, permita de forma rápida aceder a essa análise de introspeção. Por isso, é importante seguir alguns passos que o ajudarão neste processo!
A primeira fase deve basear-se na reflexão de como vemos o mundo e de que forma essa visão nos está a beneficiar ou não. Tantas vezes, depois desta análise, nos apercebemos que, afinal, o mundo não tem que ser como o vemos e que podemos vê-lo de outras perspetivas, de forma mais positiva, com mais benefícios. E que as desvantagens que achávamos que ali estavam, se calhar nem existem ou não são assim tão grandes ou – melhor ainda – podem transformar-se em vantagens. Pois é!! Precisamos de desconstruir, para voltar a programar a forma como queremos ver o mundo e daí gerar resultados diferentes. Porque, para gerar resultados diferentes, temos que perceber, efetivamente, aquilo que temos e devemos mudar.
E como fazemos isso? Questionámo-nos. Sempre. De forma comprometida, assumida e autêntica.
Perguntámo-nos, enquanto líderes de uma equipa, aquilo que verdadeiramente acreditamos que um líder deve ser e fazer para gerar resultados? As respostas podem ser variadas. Geralmente, na primeira impressão, ouço afirmações do género: “acredito que um líder deve estabelecer bem os limites entre vida pessoal e profissional com os seus colaboradores”; “um líder deve ser promotor de um crescimento e uma promoção constantes de carreira para equipa”; ou “um líder, em todas as situações, deve ouvir todos os elementos da equipa”.
E o que lhe posso dizer? De facto, nenhuma destas afirmações está certa ou errada. A questão que aqui importa é de que forma essa resposta estará a condicionar positiva ou negativamente os seus comportamentos. Será que tem, efetivamente, em todas as situações, ouvir todos os elementos da equipa para tomar uma decisão? Será que esse comportamento não estará, antes, a atrasar os seus resultados?
O auto conhecimento é fundamental e fulcral. E eu só posso mudar aquilo sobre o qual tomei consciência e que quero reprogramar para algo diferente.