Liderança assente no medo adoece as equipas e provoca instabilidade!
Depois de horas, dias, semanas e até anos de dedicação e empenho, finalmente alcançou aquele lugar que tanto sonhava e que representava o reconhecimento pela sua dedicação à empresa. Sempre imaginou que o lugar de chefia seria o que precisava para, agora sim, ter uma carreira feliz e sentir que podia fazer a diferença na sua empresa. Era um sonho concretizado, um objetivo cumprido e tinha tudo para dar certo, até porque sempre se sentiu à vontade nas relações com as pessoas. Portanto, liderar uma equipa enquadrava-se perfeitamente no seu perfil.
Mas, de repente, o sonho perde o encanto, quando percebe que frases como “não está a ser suficiente rígido com a equipa”, “não impõe respeito na sua equipa” ou “às vezes, temos que gritar para nos fazer ouvir” começam a fazer parte do seu dia-a-dia. A ideia da carreira feliz vai ficando cada vez mais distante da realidade e aquele objetivo que julgava ser o mais importante da sua vida e a chave para a realização profissional perde o sentido.
Na verdade, metodologias de liderança como esta, assentes no medo, até podem surtir resultados a curto prazo. Mas, mais dia ou menos dia, é uma fórmula envenenada que só provoca instabilidade, ruturas e até mesmo levar a que os colaboradores apresentem a sua demissão.
Ninguém se sente parte de uma empresa ou de uma equipa, com uma liderança baseada no medo. O medo adoece as pessoas e adoece as equipas. E não se impõe respeito, conquista-se respeito.
A confiança, a partilha, o envolvimento são fatores chave para o sucesso de qualquer equipa. Por isso, devemos substituir o discurso do medo e da rigidez pelo da motivação. Frases como “e, se fizéssemos desta forma?; “confio em si”; “confio no seu trabalho”; “é importante tê-lo na nossa equipa” são aquelas que diariamente são usadas pelos bons líderes. Porque equipas comprometidas, são equipas com resultados.